X aniversário do Ecoparque de Toledo
O Ecoparque de Toledo faz hoje, dia 14 de Março, 10 anos como parte das instalações geridas pela empresa de economia mista Gesmat; um exemplo bem-sucedido de colaboração público-privada na recolha e tratamento de resíduos urbanos na província de Toledo, em funcionamento há 25 anos.
Com a administração pública, o Consórcio de Serviços Públicos Ambientais da província de Toledo e a iniciativa privada que damos com a PreZero, conseguimos combinar as vantagens de cada um dos atores, aproveitando estas sinergias para prestar um serviço à sociedade que procura a eficácia e eficiência em todos os momentos. Uma união mais necessária do que nunca para avançar em direção ODS da Agenda 2030 e do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas.
Como funciona o Ecoparque?
O Ecoparque é uma instalação de tratamento de resíduos que conseguiu combinar desde o seu início a gestão eficiente dos resíduos urbanos com a sustentabilidade ambiental e a inovação, incorporando tecnologia de última geração, com a qual se tornou numa referência no sector. Emprega cerca de 150 colaboradores entre pessoal direto e indireto, e nestes dez anos tratou mais de dois milhões de toneladas de resíduos.
Como? Entre outras instalações, tem uma estação de tratamento mecânico biológico, uma estação de bio líquidos, uma estação de tratamento de ar, um módulo específico para a separação do vidro e três moto-geradores alimentados por biogás de aterro.
Vantagens das parcerias público-privadas na recolha e tratamento de resíduos municipais
A colaboração entre as Administrações Públicas e o sector privado é uma fórmula antiga entre ambos os atores para, entre outras possibilidades, o desenvolvimento de uma infraestrutura ou a prestação de um serviço. Na realidade, este modelo já era utilizado no século XIX para a implementação dos caminhos-de-ferro no nosso país.
A situação que estamos a atravessar como consequência da crise sanitária trouxe uma vez mais à mesa este modelo tão necessário, que, se bem gerido, traz múltiplas vantagens para a sociedade.
Nos primeiros momentos da pandemia foi salientada a necessidade de uma resposta rápida perante uma situação desconhecida de todos os agentes, e os atuais Fundos Europeus de Reconstrução e Resiliência, destinados a impulsionar a recuperação económica, foi sublinhado a importância das parcerias público-privadas como uma estratégia para aumentar a sua eficácia e eficiência. Para isso, a colaboração deve ser baseada em procedimentos simplificados e garantidos que permitam o desenvolvimento ágil de projetos com um elevado impacto económico na sociedade.
Melhorar a prestação de serviços
Este tipo de colaboração contribui sem dúvida para melhorar a prestação de serviços aos cidadãos de forma eficiente, conseguindo alcançar o cumprimento dos objetivos públicos através de respostas rápidas a problemas ou necessidades urgentes. Esta Administração Pública deve-se ao interesse comum e esta deve ser a premissa fundamental das suas ações. Deve alcançar a excelência na prestação de serviços a cada um dos seus cidadãos, pois são precisamente eles que contribuem para o apoio económico à prestação destes serviços.
Graças a este modelo, a administração pública tem uma maior capacidade para investir na gestão dos serviços públicos. Por sua parte, a empresa privada proporciona maior adaptação e flexibilidade organizacional na hora de fazer frente a determinadas situações imediatas.
Desenvolvimento, crescimento e inovação
Os gestores privados atuam num ambiente altamente competitivo e na sua estratégia de desenvolvimento e crescimento, contribuem com conhecimentos e recursos que têm um impacto direto num ambiente produtivo e inovador destinados a uma melhor prestação dos serviços.
Podíamos dizer que esta parceria público-privada é uma necessidade e uma forma de aproveitar e integrar as vantagens de ambas as partes. No entanto, é uma fórmula pouco utilizada apesar dos desafios sociais e económicos da atualidade.